Um importante líder religioso do Irã foi responsável por uma declaração no mínimo curiosa. Hojatoleslam Kazem Sedighi afirmou que mulheres que usam roupas reveladoras e agem de forma promíscua são culpadas por terremotos!
"Muitas mulheres que não se vestem de forma modesta levam os homens jovens ao mau caminho, corrompem a sua castidade e espalham o adultério pela sociedade. Isso, conseqüentemente, faz aumentar o número de terremotos", afirmou Sedighi.
Por causa de sua posição geográfica, o Irã é um dos países mais sensíveis a abalos sísmicos.
Para Sedighi, a única forma de evitar mais tremores no país é:
"O que podemos fazer para evitar que fiquemos enterrados sob escombros? Não há outra solução senão tomar refúgio na religião e adaptar nossas vidas ao código de moralidade do Islã."
De acordo com sismologistas, Teerã, a capital do país, deve ser atingida em um futuro próximo por um forte terremoto. Recentemente o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, previu que Teerã será arrasada por um grande abalo e pediu que as 12 milhões de pessoas que vivem na cidade considerassem partir para um lugar mais seguro.
Qual o terremoto que esse fundamentalista insano se refere?
"Terremoto" das mulheres tomarem o poder e garantirem o seu direito sobre o seu corpo e acabar com uma prática muito comum, principalmente em regiões remotas do Irã: apedrejamento e estupro coletivo (com direito a jogar a vítima nua no meio do povo e quem quiser estuprar a coitada jogada, fique a vontade) como forma de punição a crimes, principalmente, os "de honra" como falar o que pensa, perder a virgindade antes do casamento ou se meter em política?
Não, o que eles temem é o "terremoto" das mulheres saírem da sua ignorância e lutarem por seus direitos sem nada a perder e ganharem!
Mulheres iranianas são condenadas injustamente por adultério, amarradas, amordaçadas e enterradas na terra até a cintura, para então serem mortas a pedradas numa seqüência sangrenta e chocante.
A prática da morte por apedrejamento ainda ocorre em países como Irã, Afeganistão, Paquistão e Somália.
Os países muçulmanos são regidos por leis rigorosas e controversas, legislações inspiradas na interpretação do Alcorão, como a Sharia, conjunto de leis e regulamentos que devem ser obedecidos à risca pelos fiéis. Nesse código são previstas punições severas que variam de prisão até a morte por apedrejamento (lapidação).
Em 2002, Safiya Huseini, foi condenada à morte por apedrejamento. Seu crime: ela foi estuprada e engravidou!
Em 2007, uma professora inglesa do ensino fundamental de uma escola do Sudão foi condenada a 15 dias de prisão por permitir que seus alunos de 6 e 7 anos chamassem um ursinho de pelúcia de Maomé. Seu crime: blasfêmia contra o profeta. Houve manifestações em vários países islâmicos para que a professora fosse condenada à morte.
Me pergunto por que ainda usam a religião para seus objetivos próprios em vários países?
Não tenho nem o que comentar.
Fonte: O Globo